Caro Confrade João Acabado, O que aconteceu na arma de canos sobrepostos, nem eu sei explicar, contudo eu relato o sucedido. À cerca de uns 10 anos atrás, altura em que começou o vicio dos javalis, a unica arma que eu tinha, e emprestada, era uma cal. 12 de canos sobrepostos. Como cada jovem inexperiente, disparei alguns tiros com diversas balas, de marcas diferentes etc... Mas como sempre fui daqueles que gostava de inventar, decidi aplicar um óculo na dita arma da seguinte maneira. O óculo era um óculo fraco e com montagens fixas. Fresei a zona das garras das montagens de modo a que encaixassem na fita da arma e após encaixe, fixei as ditas montagens através de parafusos directamente á fita. Depois do óculo fixo fui alvejar. Como deve entender a mira não estava bem fixa ao cano, e a cada disparo efectuado fazia com que a vibração desapertasse os parafusos. Verifiquei isso e apertei os parafusos, colando-os simultaneamente. De novo efectuei mais disparos e já com a mira supostamente bem agarrada e após umas boas dezenas de disparos reparei que os tiros cada vez batiam mais abaixo. Abri bem a pestana e a olho nu verifiquei que tinha os canos empenados. A razão penso que o confrade já a referiu, disparei sempre com o cano esquerdo e talvez com as balas menos adequadas. Enfim coisas de um jovem caçador engenhocas e inexperiente. A arma foi a um armeiro aqui da terra que a reparou, mas ficou com menos 5cm de cano. Era a minha arma preferida para caçar aos coelhos. Infelizmente já não a tenho, ou foi para destruição ou anda nas mãos de algum bandido qualquer. Quanto ás suas balas, como já o disse anteriormente, não duvido das prestações das mesmas, mas penso que 100 metros já é esticar um bocado a fita, mas estou sempre aberto a uma paródia entre confrades e umas sessões de tiro, não para comprovar a eficácia das balas, mas só mesmo para o convívio. Um abraço, Feliz Natal para si e para os seus. Um Feliz Natal também a todos os confrades Ricardo Duque
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